segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Pontos Turísticos de Frederico Westphalen


Venha conhecer Frederico Westphalen "Cidade Princesa do Médio Alto Uruguai"

História da Cidade

     A colonização do município iniciou-se por volta de 1905, com a chegada dos primeiros desbravadores, vindos de vários pontos do Estado, atraídos pela caça. Em 1919 começou a ser aberta a primeira picada para a construção da estrada que ligaria o centro do Estado às Águas do Mel, hoje, município de Iraí. Essa picada passava por Frederico Westphalen, local de parada dos viajantes, que instalaram um barril em uma fonte para captar água e saciar a sede. Por esse motivo, por longos anos, Frederico Westphalen denominou-se Barril, nome que ainda hoje os antigos moradores utilizam quando se referem à cidade.

 Cadetral Santo Antônio
A Igreja Que Nasceu Catedral

Início Da Construção:
    Na manhã do dia 18 de setembro de 1950, com a derrubada de coqueiros e ao espocar com foguetes, iniciaram-se os trabalhos de limpeza do solo. As valas para os alicerces foram abertas por agricultores voluntários. As pedras para os fundamentos foram transportadas em carroças.

    Estava iniciada a construção do templo famoso que faria e faz a estupefação dos paroquianos. Cumpria-se o vaticínio de Mons. Vitor Battistella: “Caminheiros que por aqui transitarem, perguntarão assombrados: quem fez este templo famoso?”. Era sólida e firme a vontade do vigário em levantar o templo.
A Planta De Ticiano Bettanin
    São 1.320 m3  de pedra maciça plantada numa profundidade de 4 metros. A construção praticamente dispensa o ferro.  Não há viga sustentando os 1.185.000 mil tijolos maciços, que formam as paredes, em cujo levantamento de apenas cal e areia, não entrou a colaboração do cimento. Estas paredes, ou melhor, estes paredões, começam com 60 cm de base e acabam com 40 cm. Nos 53 metros de comprimento estão enfileiradas 34 colunas; torneadas pelas mãos hábeis de Guidini, que também para elas dispensou a rigidez do ferro. Destas colunas partem os arcos que vão se encontrar no teto como duas mãos em prece, todo ele de estuque. A porta tríplice de entrada, ostenta no alto o coro, ornamentando pelo vitral de Santa Cecília, padroeira dos cantores. O projeto da Catedral tem algo em Niemayer, formando uma cruz. O tronco central da cruz constitui a nave onde permanece o povo, a cabeça da cruz aloja o presbitério, local onde se desenrola o culto, ocupado pelos presbíteros e acólitos; e os braços laterais da cruz, um prolongamento da nave, oportunizando maior espaço para os fiéis. Todas as janelas, autênticas aberturas góticas, são constituídas de vitrais com motivos litúrgicos. A Via Sacra segue sua trajetória, nas 14 estações, pelas laterais da Igreja. A pintura da Catedral é um catecismo em imagens, ensinando ao cristão que tiver os olhos abertos em qualquer direção. No alto  estão os sete sacramentos, através da eloqüente simbologia, colocadas à disposição do homem, com sinais sensíveis, eficáveis e gratuitos da graça. Os biógrafos de Cristo, Mateus, Marcos, Lucas e João, acompanhados com seus símbolos característicos lembram que o Mistério de Deus feito homem para salvar o homem, foi por eles testemunhado e registrado. A obra é um desafio à moderna engenharia que só sabe raciocinar em cima de cimento armado.
    Naquela época não se conhecia guincho, nem bitorneira. A argamassa era misturada com enxada e puxada com baldes. Os operários não eram diplomados. Contam que Ermínio Minussi trabalhou de graça 4 dias como servente em troca do aprendizado. Apesar disso, todos estavam registrados, como manda a lei trabalhista, e recolhiam suas taxas ao Instituto de Previdência. Durante os nove anos de trabalho, jamais ocorreu um acidente, exceto com um viajante de Santa Cruz que, hospedado no Hotel Franciscatto, próximo a construção, voltando tarde da madrugada,errou a escada do hotel e embrenhou-se nos andaimes da Igreja despencando do coro. Foi socorrido pelo próprio Monsenhor. Também Antônio Ruaro, caindo no buraco do alicerce, quebrou uma perna, quando atendia o Cinema Recreio, uma outra fonte de renda da paróquia.
    Homem de total confiança de Monsenhor Vitor, o contra mestre Otávio Guidini recebia os cheques assinados em branco e fazia os acertos no Banco Agrícola Marcantil.


Os relógios


Monsenhor Vitor não esqueceu de munir as torres da Igreja com relógio gigante, fabricado em Estrela. Propiciava a todos os moradores dos quatro pontos cardeais verificar as horas, quando batia o sino de 15 em 15 minutos. Uma máquina movida de pêndulo com peso de 150, 75 e 50 Kg cada, faz funcionar o cronômetro de Santo Antônio.
A pintura interna
    Monsenhor contratou Emilio Zanon, patrício de Rafael, que se esmerou no máximo para deixar no interior da Igreja, a marca de seu pincel. Sabia produzir quadros com incrível maestria, às vezes copiados de um simples catecismo. Era temperamental. Faltando-lhe a inspiração, para o trabalho ia pescar. Novamente inspirado, lançava as tintas e jogava as figuras nas paredes. A crucifixão de Cristo foi pintada em três dias.
   
Orçamento da obra


    A previsão de gastos foi orçada em Cr$ 3.800.000,00. Na realidade, gastou-se Cr$ 24.887.254,00. Para raciocinar em valores de hoje, basta saber a festa de Santo Antônio naquele ano rendeu Cr$ 100.000,00; seriam então necessárias 240 festas de Santo Antônio e conseqüentemente 240 anos para completar a construção. Foi concluída em 9 anos.


Como Monsenhor conseguiu o dinheiro


    A par de seus dotes psicológicos, de sua liderança inconteste e de sua força de persuasão, usava uma artimanha simples. Incentivava o capital, estimulava o desenvolvimento, ajudava a plantar... e na hora da colheita lá estava ele, como representante do governo divino, a cobrar o imposto. No dia da coleta, entrava nas propriedades, arrebanhava bois e suínos, repontava galinhas, ensacava toneladas de trigo e feijão e estabelecia a quota em espécie para os comerciantes e bodegueiros. Era um choro do flagelado. Imagine-se que a região tinha predominância de gringos. Mas, feita à prestação de contas no púlpito, do resultado da coleta, especaçada a vaidade do doador, pela leitura do nome na Rádio Luz e Alegria, o cristão sentia-se feliz por ter doado o seu sangue e seus meréis pela cruzada de Deus. E também é verdade, tradicionalmente transmitida por gerações, que não faltava pão na família que dava trigo para o altar. Estas atitudes capitalistas do Monsenhor mereciam profunda reflexão para muito pregador socialista. Poderia não haver luxo na época. Mas miséria, exploração e injustiças sociais não constavam no dicionário de Monsenhor Vitor Battistella, que sabia contornar estes vocábulos, sem precisar apelar para a cubanização do país. E assim se plantou a Igreja de Santo Antônio, hoje Catedral Diocesana.
Para orgulho do povo Frederiquense;
Para memória de Monsenhor Vitor Battistella;
Para glória e louvor de Deus.


As Torres


    As duas torres escalam os céus, arremessando suas pontas para o alto. São 63 metros de construção, constantemente mostrando Deus aos homens. O Cristo Redentor, do alto do Corcovado, abençoa o Brasil; Cristo Redentor, do alto da Catedral, abençoa Frederico Westphalen. Com os braços abertos está chamando o povo num complexo de amor. “Vinde a mim, meu jugo é suave, meu fardo é leve”.
    A Igreja Catedral, inserida dentro da cidade episcopal sobressai pela sua majestade. Enquanto os homens colocarem Deus no centro de sua existência, enquanto os valores materiais, não fizeram concorrência com os espirituais, enquanto a criatura se convencer que não adianta entesourar riquezas que as traças consomem, a morte de um Deus não terá sido em vão. E, a Catedral de Frederico Westphalen, a 7º maravilha arquitetônica religiosa do Brasil, será eternamente um sermão em pedra da fé hércula do seu povo.
                            Lírio Zanchet


     Frederico Westphalen é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Localiza-se a uma latitude 27º21'33" sul e a uma longitude 53º23'40" oeste, estando a uma altitude de 566 metros. Sua população, de acordo com a estimativa para 2010, feita pelo IBGE, é de 28.835 habitantes. Possui uma área de 264,53 km². É o centro regional da microrregião homônima.

 Vista Aérea

     O município fica próximo dos maiores remanescentes de Floresta Atlântica do Norte do Estado do Rio Grande do Sul Parque Estadual do Turvo (Estacional Decidual), Área Indígena do Guarita (Estacional Decidual) e Terra Indígena de Nonoai (Ombrófila Mista), locais de ocorrência de várias espécies ameaçadas da fauna e flora brasileiras. A expansão das lavouras de soja, principalmente na década de 70, são apontados como uma das causas da derrubada da floresta no município, que formava um imenso e contínuo "tapete verde" desde a Argentina (Misiones) até o litoral norte do estado. O extrativismo vegetal, a caça, a derrubada das matas para expansão da lavoura tem agravado ainda mais os problemas. Os trabalhos de pesquisa feitos nos últimos anos surgem como a principal ferramenta de conscientização à população e à gestão ambiental.

 Centro da Cidade

 Monumento Cristo Rei

     Localizado junto a BR 386, a 10 km da cidade em direção ao município de Iraí.

 Santuário de Schoenstatt

     O Movimento Apostólico de Schoenstatt teve seu início na Diocese de Frederico Westphalen no ano de 1976 quando um grupo de professores convidaram as Irmãs de Maria de Schoenstatt para ministrar um curso pedagógico. Depois deste primeiro contato iniciou o desenvolvimento da Liga Apostólica de Schoenstatt com os ramos da Liga Apostólica das Famílias, Liga Apostólica das Mães, Juventude Feminina e Juventude Masculina de Schoenstatt, também a Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt.
No âmbito da celebração do jubileu dos 2000 anos do nascimento de Cristo o Movimento de Schoenstatt da diocese iniciou a conquista do Santuário Diocesano de Schoenstatt.
     No dia 18 de outubro de 1998 realizou-se a bênção do terreno para o futuro Santuário. Em 18 de abril de 1999, realizou-se a bênção da Ermida da Mãe Três Vezes Admirável neste terreno. No ano 2000 foram realizadas romarias mensais seguindo da catedral até o terreno.
    Conquistada a terra do Santuário, a Família de Schoenstatt da Diocese empenhou-se para descobrir a missão que a Mãe de Deus desejava assumir neste trono de graças que para ela seria edificado. Neste tempo, como Igreja, acompanhamos o Papa João Paulo II que proclamava o Ano Santo da Redenção abrindo a Porta Santa da Basílica Vaticana, ação simbólica que inaugurou o Ano Jubilar. Este gesto nos inspirou à concretização do nosso Santuário Diocesano de Schoesntatt “Tabor Porta do Céu”.
    No dia 05 de outubro de 2003, ano vocacional na diocese, realizou-se a solene consagração do Santuário.
    Este Santuário de Schoesntatt é o 20º construído em terras brasileiras. Junto ao Santuário nos empenhamos para formar uma atmosfera de céu, de forma que quem ali chegar exclame: “Aqui é bom estar!” De fato, no Tabor encontramos a Porta do Céu, lugar onde o céu toca a terra revelando as glórias de Cristo e de Maria.
     Deus escolheu Maria como Porta para dar-nos seu Filho Jesus. Ela é a Porta para nosso encontro com Deus e o Santuário o lugar onde “Cristo nasce novamente”.

 Praça Central

 Cascata da Faguense

     Está localizado a 4 km da sede. Lá se encontra a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, uma queda dágua de 20m,área verde e preservação ambiental com sanitários e churrasqueiras, podendo praticar o turismo ecológico, explorando o riacho por trilhas. É um lugar muito bonito, repleto de vegetação nativa.

 Praça do Barril


    Monsenhor Vitor Battistella, descrevendo a paisagem da região que ele conheceu e percorreu por mais de trinta anos, poetizou: “ No começo tudo era selva espessa cobrindo a área de nossa atual cidade, de imenso tapete verde escuro. O ciciliar dos ventos, o trinado das aves, o rugido de alguma ferra errante e o estalido de galhos secos sob o passo apressado dos animais silvestres eram as vozes que rompiam o silêncio daquela majestosa solidão”.
    A 18 de outubro de 1917, em Fortaleza (Seberi) é derrubado o primeiro pinheiro, inaugurando oficialmente a abertura da estrada que levaria até as Águas do Mel (Irai), substituindo os velhos e diversos piques que talhavam as matas subtropicais da região. Esta estrada visava abrir acesso às então afanadas águas minerais do Mel e do Prado e incentivar a colonização da faixa sertaneja do vale do Rio Uruguai e afluentes, até então povoada por alguns lusos entocados e, mais remotamente, pelos índios Guaranis e Caigangues. Seus trabalhos de abertura foram chefiados pelo Engenheiro Frederico Westphalen, então chefe da Comissão de Terras e Colonização de Palmeira.
    A 5 de fevereiro de 1919, a turma de exploração da estrada encontrou um nascedouro sombreado por vastas árvores antremeadas de touceiras de taquaruçus. Para facilitar o aproveitamento da água foi colocado um barril e adaptado uma taquara lascada à moda de bica até a vertente. E o barril encheu e transbordou. Todos os transeuntes podiam beber com fartura a água cristalina. A partir de então o “BARRIL” identificou o lugar que herdou seu nome.
    A partir de 1919, nas cercanias do “Barril” começaram fixar-se colonos, vindos na maioria das “colônias velhas”, onde se verificava uma escassez de tarras pelo excedente populacional, além das carestias provocadas pelas secas e a praga de gafanhotos que os obrigava a imigrar. Entre os intrépidos pioneiros enumeramos:


Otacílio Moreira
José e Arthur Grassi
João da Luz
Domingos Balem
Francisco e João Ganzer
Adão e Carlos Norloff
Máximo Ambrosi
Rodolfo Bazzanella
Luiz Braz
Antônio, Narciso, Júlio e Arthur Milani
André e Aníbal Bertoletti
José Felippi
José Ponssoni
Natal, João, Otávio e Angelo Francescatto
Angelo Bergamaski
José Vanelli
João Piton
José Romitti
Rodolfo Barbieri
Antônio Bonai
Ermenegildo Fiametti
João Busato
Pedro Simo Sanvido
Abel Trombetta
Aníbal Orlando
João e Paulo Trevisol
João Gatiboni
Carlos Stocco
Romano Motta
Cassiano Simonetti
Constante Schatkoski
Francisco, João e Pedro Viachorek
Antônio Kubicheski
Adão Wiroski
Emílio Iohan

MUSEU MUNICIPAL WILSON LÜTZ FARIAS

     Máquinas, utensílios domésticos referentes à colonização italiana do município. Rua do Comércio, 981.